domingo, 10 de outubro de 2010

Como não dizer..

As pessoas vão embora sem ter porque, nem para que. A gente sempre continua de qualquer forma, bem ou não, acabamos por se acostumar.
Deveria esconder, mentir, me envergonhar, mas posso simplismente esquecer. Queria poder guardar assim, só um pouquinho de você , seu cheiro,sua pele,seus olhos, ah seus olhos, olhando para mim.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Prefiro que as pessoas jamais me ofereçam algo que um dia será tirado de mim, odeio possuir a liberdade de fazer algo um dia e logo após ter isso arrancado sem comunicação prévia. As coisas se tornam estranhas, chatas, diferentes quando se mede atitudes, não deixar-se levar é o pior erro que alguém pode cometer. Na tentativa de esconder possíveis escorregadas, acaba tomando um verdadeiro tombo.

Colocaram paredes de vidro....

Preciso que não se solte de mim, pelo menos não agora. Deixo que vá que se desprenda de laços e que faça um caminho, por favor, vá sem destino, sem planos, mantenha os pensamentos leves e as lembranças sempre presentes, por mais longe que esteja, ou por mais egoísta que eu pareça, devemos nos manter por aqui.

Não tenho receita, muito menos estratégias. Admiro aqueles que as conseguem colocar em prática, acredito que de certa forma quem sabe fazer bom uso desse tipo de coisa, possui mais facilidade de organizar-se como um ser, mesmo que o ser humano seja mais impulso do que ensaios.
Todas as vezes que busquei ensaiar meus passos, jamais consegui me sair bem, possuo uma necessidade maior de estar sendo impulsiva que qualquer outro ser humanoe sei que essa minha falta de freios, sempre me traz de volta ao mesmo lugar.
Por mais errado que tudo isso pareça, eu não consigo me agradar daquilo que passo para as pessoas, talvez essa seja a minha forma de me manter distante delas, e sempre que estou sendo eu mesma e passando algo de bom, acho que está na hora de mudar as coisas de sentido.
O fato, é que continuo indo ao mesmo lugar, me encontrando nas mesmas situações, e acho que a unica coisa que sei sobre tudo isso, é que não aprendi a gostar de ser assim.

Sinto falta do conforto que só a certeza de estar completa no fim de uma tarde podia me trazer

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brighter than sunshine.

No último verão as coisas foram bem diferentes, eu me escondi em casa, não estava querendo ver meus amigos,não porque sou estranha ou porque jamais quis estar tão próxima de alguém e sim pelo simples fato de não desejar despedidas. A última vez que os vi eu respirava paz ,pisava nas gramas verdes, e me sentia segura por estar ali, na verdade eu me sentia inteira, completa, feliz.
Jamais quis me despedir daquele lugar, daquelas pessoas, daquele mundo, por isso não planejei despedidas nem ensaiei abraços, não queria que nosso último contato de resumisse a abraçar alguém porque faz parte de um ritual social e foi assim que fiz, fui embora sem deixar rastros, deixei as pessoas se perguntando aonde estava a garota que sentava na mesma cadeira do ônibus, lendo o mesmo livro, fingindo tomar o ônibus errado para assistir alguém ignora-la por completa, deixei a dúvida por não estar mais ali, e foi assim que escolhi permanecer na memória de figurantes do capitulo predileto da minha vida.
Minha primeira visão do dia é um filme trágico contado em flashes do capitulo anterior, completamente seca e vazia de doses de mim. Funciono como uma máquina seguindo o comando de uma lista preparada com antecedência de coisas que eu não gostaria de fazer amanhã. Apenas penso que se tudo fosse mais simples, menos trágico... ou mais fácil, eu não seria uma esponja absorvendo este mundo sem a menor preocupação em ser absorvida.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Folha em Branco

Como querer colorir a página inexistente de um livro
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Passei horas observando os traços perfeitos de um esboço desenhado numa quinta-feira a tarde,delineado por uma alma encontrava-se a flor da pele, Procurava simetria em todo o desenho, que por mais bonito que fôsse, não fazia sentido algum.